Brasil encerrará 2012 com um déficit de 115 mil especialistas em TI

Atualmente o setor de TIC, que fatura 197 bilhões de dólares (em 2011), segundo a IDC, emprega 1,2 milhão de profissionais. Entretanto, esse exército não é suficiente. Estudos da Brasscom apontam que o País deverá fechar 2012 com um déficit de 115 mil especialistas em TI, ante 92 mil no ano passado.
Levantamentos da Brasscom estimam que o setor continuará aquecido e com taxas de crescimento anual em torno de 10% até 2015, aumentando mais ainda a demanda por talentos de TI.
Com a missão de formar 10 mil talentos por ano para ajudar reduzir a falta de mão de obra especializada de Tecnologia da Informação no País, o programa Brasil Mais TI já está oferecendo 12 cursos de capacitação para profissionais. As aulas são destinadas a jovens talentos a partir de 16 anos e especialistas, que estão atuando no mercado de trabalho e querem se aperfeiçoar em linguagem de programação.
Entre os 12 cursos oferecidos, nove são livres com o objetivo de oferecer profissionalização em TI para os que estão entrando agora no mercado de trabalho ou que precisam se aperfeiçoar em determinadas tecnologias. As vagas dessa modalidade são ilimitadas e não há processo de seleção, atendendo candidatos a partir de 16 anos interessados em cursar aulas sobre Aplicativos BrOffice, Programação de Páginas Web e Sistemas de Conectividade.
Os outros três cursos são de linguagens de programação em Java, Cobol e .Net, destinados a profissionais que têm conhecimento de TI. Nesse caso, eles são submetidos a um teste.
Os candidatos interessados nesses cursos passam uma seleção de perfil profissional, conhecimentos teóricos e afinidades em tecnologia. Mais de trezentos alunos já estão cursando linguagens de programação no Brasil Mais TI.
O Brasil Mais TI é uma iniciativa da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), financiada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e apoiada pelo Ministério da Educação (MEC).
O projeto foi lançado em setembro como parte das ações do Programa Estratégico de Software e Serviços de Tecnologia da Informação da Informação (TI Maior), anunciado em agosto pelo ministro do MCTI, Marco Antonio Raupp, para aumentar a competição da indústria nacional desse setor no mercado local e externo.
Dos 500 milhões de reais do governo federal destinados ao TI Maior, uma parcela de 1,4 milhão foi direcionada para capacitação de jovens talentos. Esses novos profissionais receberão treinamento a distância pelo portal de Brasil Mais TI, que tem a missão de contribuir para a inserção social e a redução do déficit de mão de obra qualificada no setor.
“Desenvolvemos o projeto com o objetivo de despertar talentos em tecnologia, pois o setor enfrenta carência de profissionais qualificados. Oferecemos aos estudantes cursos livres em TI para que eles se familiarizem com o setor e possam utilizar conhecimentos de informática em outras atividades cotidianas”, explica Sergio Sgobbi, diretor de Educação e Recursos Humanos da Brasscom.
Sgobbi afirma que a Brasscom conseguiu sensibilizar o governo federal sobre a necessidade de colocar em prática um plano nacional para formação de técnicos de TI. Hoje o mercado de TI sofre com a escassez de profissionais qualificados com grande demanda por talentos, principalmente na base da pirâmide.
O mercado brasileiro de TI cresce acima de 10% ao ano e as empresas não conseguem achar especialistas no mercado de acordo com suas necessidades. Esse problema vem obrigando muitas a investir em programas de treinamento internos para formar seus talentos. Mesmo assim, algumas vezes elas precisam contratar mão de obra mais sofisticada e cara para atividades que poderiam ser executadas por profissionais.
Demanda do mercado
O programa Brasil Mais TI tem a missão de formar anualmente 10 mil profissionais por meio de cursos oferecidos online em seu portal. Segundo a Brasscom, o programa lançado no início de setembro de 2012 já possui mais de 10 mil alunos cadastrados nos cursos livres em todos os estados do País, principalmente na região Sudeste.
Os principais cursos acessados pelos estudantes são Programação de Páginas Web, Arquitetura de Computadores, Aplicativos BrOffice e Sistemas Operacionais. Veja a lista completa dos cursos livres oferecidos pelo projeto:
– Aplicativos BrOffice – Arquitetura de Computadores – Comunicação e Técnicas de Apresentação – Matemática Aplicada – Programação de Páginas Web – Redes Locais de Computadores – Redes Remotas de Computadores – Sistemas de Conectividade – Sistemas Operacionais
Vagas de emprego
O Brasil mais TI conta ainda com um Portal de Vagas gratuito, em que os profissionais podem divulgar currículos e se candidatar a mais de 70 vagas que já estão sendo ofertadas.
Qualquer empresa de TI pode cadastrar suas vagas gratuitamente e pesquisar candidatos entre os mais de 5 mil currículos cadastrados no Brasil Mais TI.
Fonte: http://cio.uol.com.br

Confira seis dicas para acertar nas contratações dos talentos de TI

Nathan Brown é um dos muitos CIOs com experiência em diferentes setores, comércio, governo, organizações sem fins lucrativos, etc. Hoje está em uma posição de liderança de TI na Care.com depois de recentemente ter deixado o papel de diretor sênior de TI  da Year Up, empresa de recrutamento de profissionais de TI, e foi anteriormente CIO da Harvard Law School.
Independentemente do setor para o qual está contratando, Nathan tem seis regras que segue à risca na construção de uma nova equipe.
1. Não contratar por desespero.
2. Nunca ignorar uma bandeira vermelha.
3. Ajustar questões de personalidade.
4. Conjuntos de habilidades são, por vezes, menos importantes.
5. Envolver os líderes de equipe no processo.
6. Entrevistar todas as possíveis contratações internas antes de fazer uma oferta, mesmo que o profissional interno não se reporte diretamente a você.
Esta semana, Nathan Brown respondeu três perguntas feitas pela equipe da CIO americana sobre sua fórmula para não errar na contratação de pessoal.
CIO – O que você aprendeu sobre contratação de profissionais, trabalhando para organizações sem fins lucrativos? Para muitos, a contratação de posições para organizações sem fins lucrativos não é muito diferente da contratação para empresas que correrem atrás do lucro. No entanto, geralmente os salários oferecidos são menores e não há opções de ações. Devido a isso, foco em buscar pessoas apaixonadas por uma missão ou as pessoas que têm o objetivo de usar a posição como um trampolim.
Também sou cuidadoso para não exagerar na exigência de habilidades. Olho para as pessoas que podem crescer na função.  Se o candidato não objetiva crescer e superar desafios, então ele provavelmente não tem a motivação que estou procurando.
Há vários anos entrevistei um profissional claramente inteligente, motivado, animado sobre a empresa e o papel que desempenharia, e que adorava tecnologia. Ele também aparentava ter a personalidade certa para a equipe. Infelizmente, uma vez que ele estava procurando por uma mudança de carreira, tinha experiência extremamente limitada com a tecnologia na qual a empresa já havia investido. Calculei o risco e o contratei assim mesmo. Ele se tornou um profissional muito forte para a equipe e mais tarde passou a ser um gerente de TI em outras empresas. Esta estratégia claramente não funciona para todas as funções. O desenvolvimento de aplicações, obviamente, exige uma grande dose de experiência.
CIO – O que é mais importante, as habilidades técnicas ou estilo interpessoal? Mais importante que a tecnologia é a personalidade do profissional, que pode destruir a equipe. Ando longe de qualquer bandeira vermelha, mesmo que pequena. Bandeiras vermelhas em uma entrevista acabam ficando muito maiores uma vez o profissional contratado. Incluir uma peça mal encaixada em uma equipe para a qual você está procurando o ajuste certo é ter a certeza de que algo dará errado. Se você tem o time certo, eles preferem esperar do que correrem o risco de você contratar a pessoa errada. Uma equipe que realmente gosta de trabalhar em conjunto é altamente produtiva.
CIO – CIOs lidam com entrevistas de forma diferente. Que estilo você considera mais eficaz? Eu sempre começo com uma entrevista por telefone. Você pode pré-selecionar as pessoas que entrevistará em um encontro presencial. Aqui estão algumas coisas que eu procuro observar durante essa primeira entrevista:
1. Os profissionais estão dispostos a me ouvir. Se não estiverem, talvez não estejam entusiasmados com a oportunidade que posso oferecer. 2. Que tratamento terei? Já entrevistei profissionais que me chamavam de  “cara” o tempo todo. 3. Eles interagem bem por telefone?
Começo todas as entrevistas de forma semelhante, mas mudo as perguntas rapidamente com base no que ouço. Por exemplo, se alguém parece nervoso, eu posso  cutucar isso para ver se é apenas uma situação pontual, provocada pela entrevista ou algum traço de personalidade que possa sobressair em uma situação de TI desconfortável. Observar como as pessoas lidam com uma entrevista dá uma visão sobre como lidam com situações estressantes. No entanto, geralmente tendo a ser um entrevistador casual. Quero que eles relaxem para que eu possa conhecer melhor quem realmente são.
Fonte: http://computerworld.uol.com.br